quinta-feira, 28 de maio de 2015

Um brinde?

Consumo de bebidas alcoólicas entre jovens universitários.


Nas sociedades atuais, o hábito de ingerir bebidas alcoólicas de forma abusiva está classificado entre os dez comportamentos de maior risco à saúde, sendo responsável por cerca de 1,8 milhões de mortes no mundo, das quais 5% vitimizam jovens com idade entre 15 e 29 anos. No final da adolescência, frequentemente, começa a ocorrer uma série de mudanças na vida dos(as) jovens, como a pressão pela escolha da profissão, o vestibular e a maioridade. Nessa etapa da vida, com a transição da escola para a universidade, grande parte deles(as) passa a residir longe das famílias, liga-se a novas amizades e inaugura um período de maior autonomia que lhes possibilita novas experiências. Esse fator tem sido apontado por pais, mães, educadores(as) e demais autoridades como motivo de preocupação, que encontra respaldo em pesquisas realizadas com estudantes universitários, cujos resultados "levam a crer que morar longe da família aumenta a chance de uso de drogas", ou seja, viver fora de casa e adotar comportamentos de risco são situações que andam juntas.
O consumo abusivo, mesmo ocasional, do álcool entre os jovens tem o potencial de representar um importante problema de saúde pública, e essa é uma situação que inclui também os universitários. Alguns autores consideram esse grupo da população particularmente vulnerável ao consumo de bebidas alcoólicas. 
Para os universitários das áreas de ciências biológicas e da saúde, os estudos acerca desse tema são particularmente importantes. São eles que, no futuro, em suas atividades profissionais, deverão orientar e aconselhar seus clientes para a adoção de hábitos saudáveis. Assim, há a necessidade de se considerar a especificidade do padrão de consumo de bebidas alcoólicas dessa população para a elaboração e implantação de programas específicos de intervenção e prevenção. Alguns autores advogam que os estudos na área podem definir medidas a serem inseridas ainda no ensino fundamental e médio com o intuito de minimizar o percentual de consumo e de uso abusivo de bebidas alcoólicas em universitários.



 É fundamental que as atividades de promoção da saúde sobre essa temática sejam desenvolvidas fundamentadas em dados reais, que reflitam a realidade e auxiliem na identificação de intervenções mais efetivas.

Álcool



O álcool é hoje uma das substâncias psicoativas mais utilizadas pela população sendo amplamente aceito. O seu uso como facilitador social traz muitas conseqüências: problemas de saúde, tanto física como psicológica, nas relações familiares, sociais e de emprego, acidentes domésticos, do trabalho e de trânsito, comportamento violento e auto-mutilação, também está relacionado ao desenvolvimento de epidemias, como acidente vascular cerebral, câncer e absentismo escolar, problemas interpessoais e comportamentos sexuais de risco. O consumo de álcool é também um fator de risco na gravidez, estado nutricional e dieta. Vários estudos têm demonstrado a responsabilidade do consumo excessivo de pelo insucesso entre estudantes universitários. (TOVAR, 2010)
Os jovens aprendem que o álcool, pela simbologia que representa, ajuda a reduzir a tensão, a ansiedade, é fonte de prazer, mata a sede, dá força, facilita a digestão, é um medicamento, é alimento, aquece, estimula, os deixa mais encorajados e melhora as relações interpessoais. Estes falsos conceitos são herdados geracionalmente assumindo-se uma prática nos comportamentos dos jovens (CABRAL, 2007).
O uso e a dependência de álcool é um fenômeno complexo e determinado por fatores genéticos, psicológicos e principalmente sociais. Estudos realizados em diferentes contextos socioculturais demonstram que na população de estudantes adolescentes e jovens o índice de consumo de álcool é significativo. (STAMM, 2007)
O consumo de álcool acima dos níveis permitidos está associado não só com os números de morbidade e mortalidade e altos custos sociais, mas também tem efeitos adversos graves sobre as famílias e a comunidade. (TOVAR, 2010)

No decorrer do tempo...


Em meados do século XIX o médico sueco Magnus Huss usou o termo "alcoolismo" para designar todo o grupo de doenças cuja causa foi o álcool. Até o momento foram exibidos inúmeros estudos que descreveram as conseqüências do alcoolismo e alguns aspectos sociológicos do álcool. O consumo de álcool tem sido reconhecido como um fator de integração social. É uma droga cuja facilidade de acesso e poderosos meios de propaganda que utiliza, tornou-se um verdadeiro problema social de quase todos os países e todas as idades. A maioria das pessoas acredita que, enquanto não se tornam alcoólatras típicos, as conseqüências de beber com freqüência, e em altas doses, não são alarmantes, mas os estragos do álcool podem ser graves e irreversíveis. (TOVAR, 2010).
O primeiro episódio de contato e intoxicação com o álcool tende a ocorrer no período da adolescência, considerando que os períodos do ensino médio e ensino superior são uma janela de alto risco para danos e problemas relacionados ao álcool. A necessidade de se socializar e pertencer ao grupo faz com que o consumo de álcool aumente, e as pessoas não percebem que aos poucos estão ingerindo álcool em demasia. (STAMM, 2007).

Pesquisas

Existem vários estudos têm demonstrado a responsabilidade do consumo excessivo de álcool pelo insucesso entre estudantes universitários.
Barroso (2004), num estudo realizado com universitários, encontrou como principais motivos do consumo de bebidas alcoólicas: 48,3% justificou o consumo devido ser fonte de prazer, 28,4% afirmou que ajuda a relaxar e desinibir, 23,3% afirmou que desfruta melhor das festas, dados estes coincidentes com os obtidos por outros autores.
Breda (2000) ao estudar os motivos que levam os jovens ao consumo do álcool encontrou 35,5% que o faziam “por gosto e/ou prazer”, 31,5% “para melhor poder desfrutar das festas e da noite”, 17,5% ”para relaxar e/ou desinibir“, e 5,6% como “complemento alimentar”. Em suma, pelas conclusões dos estudos realizados depreende-se que o álcool faz parte da cultura juvenil como forma de socialização bebendo o jovem normalmente e quase exclusivamente nas celebrações, fins-de-semana e rituais acadêmicos.
Outro estudo realizado em uma faculdade do Ceará mostrou que o álcool acarreta inúmeros problemas nas atividades acadêmicas, tais como notória falta de atenção, ausência, atrasos, saídas antecipadas das aulas, reclamações e sono durante as aulas. (FONSECA, 2002)




O consumo de álcool pode variar em decorrência dos costumes sociais, das famílias ou dos hábitos adquiridos:
Abuso de Álcool: indica a dependência psicológica, ou seja, a necessidade de consumir álcool para o funcionamento mental adequado. Segundo Perez (2000), o abuso é um padrão mal-adaptado de uso de substância levando a prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo, manifestado por um ou mais dos seguintes itens em um período de um ano:

a.Uso recorrente de uma substância que dá origem ao descumprimento das obrigações no trabalho, escola ou em casa;
b.Uso recorrente da substância em situações nas quais é fisicamente perigoso como dirigir bêbado ou continuar a beber muito, apesar de ter freqüentes "apagões";
c.Repetidos problemas jurídicos relacionados com a substância como uma condenação por dirigir embriagado, acidentes de trânsito, abuso sexual, lesões corporais, etc.;
d.Uso contínuo da substância, apesar de ter persistentes ou recorrentes problemas sociais ou problemas interpessoais causados ou agravados pelos efeitos da substância.

Halgin e Krauss (2001) mencionaram a falta de cumprimento das obrigações, o uso de álcool em situações de perigo físico, problemas legais e interpessoais, como o padrão de alterações comportamentais que o abuso manifesta.

Fígado e o Álcool: Via oxidativa


O álcool etílico ou etanol pode ser ingerido na forma de bebida alcoólica, unindo-se a diversos sabores, aromas e preferências dos mais variados consumidores. No entanto, o que acontece com esta substância uma vez que entra em contato com nosso organismo, e quais efeitos ela provoca? Diversos aspectos podem ser abordados, como a embriaguez (famosa bebedeira), a ressaca deixada no dia seguinte, entre outros efeitos momentâneos. Porém, é muito importante ressaltar os efeitos prolixos, derivados do uso constante, muitas vezes abusivo, e que pode deixar sérias lesões ao consumidor.
Uma vez ingerido, o álcool, que não possui em si enzimas digestivas, percorre o caminho do sistema digestório, até chegar aos dois principais locais aonde se dará sua absorção: 0-5% do etanol é absorvido pela mucosa gástrica e o restante, cerca de 80 á 95% é absorvido na mucosa intestinal. Essa porcentagem pode variar de acordo com alguns fatores que alteram a absorção, como: temperatura, alimentos e presença de CO2. (Essa é uma das razões pelas quais se recomenda estar bem alimentado antes de beber. A presença de alimentos no sistema digestivo torna a absorção do álcool moderadamente mais lenta, já que este não é o único elemento a ser digerido).
O etanol segue seu destino. 80-90% dele será oxidado no fígado, com o auxílio de enzimas. (os outros 10% se destinarão aos diversos tecidos do corpo humano caso o álcool tenha sido 90% metabolizado no fígado. Caso seu metabolismo no órgão seja de 80%, 10% restantes são destinados aos tecidos enquanto que os outros 10% dele será expelido pela respiração ou excretado na urina). As enzimas que auxiliam nesse processo são a Álcool desidrogenase (ADH)- que catalisa a oxidação a acetaldeído; a CYP2E1, - principal componente do sistema microssomal hepático de oxidação do etanol (MEOS); e a catalase, - localizada nos peroxissomas dos hepatócitos, responsável por apenas cerca de 10% da oxidação. Vamos conhecer um pouco mais essas enzimas e suas propriedades para então passarmos ao seu funcionamento em conjunto:
  • Álcool Desidrogenase (ADH): Presentes no citosol, consiste em uma variedade de isoenzimas que oxidam álcoois de diferentes tamanhos de cadeia (classes 1 a 5). As da classe 1, no entanto, são as mais abundantes.

  • MEOS (Sistema Microssomal de Oxidação do Etanol): Enzima que envolve proteínas do complexo do citocromo P-450, consome NADPH e O2, produzindo H20 e radicais livres. Ela oxida cerca de 10 á 20% do etanol ingerido, podendo aumentar essa porcentagem de acordo com a ingestão do indivíduo.Além de oxidar o etanol, a CYP2E1 inativa também diversos medicamentos - aumentando até mesmo a resistência de alcoólatras a alguns medicamentos -, além de potencializar os efeitos da medicação e do álcool quando ingeridos em conjunto.
  • Catalase: Localizada nos peroxissomos, essa enzima utilizada é em escala menor, apenas quando há necessidade de reduzir o H2O2. Diferentemente de outras, não produz NADH.
  • Aldeído Desidrogenase (ALDH): Encontra-se presente na mitocôndria e produz NADH. É utilizada no tratamento para alcoolistas envolvendo a inibição desta.
Grande parte do álcool no sangue é metabolizado no fígado através de uma via principal e duas acessórias. O etanol é primeiramente convertido em acetaldeído pela álcool desidrogenase.


O destino do acetato, convertido em acetil-CoA (acetil CoA-Sintase) pode ser dividido em três: Transformar-se em ácidos graxos, corpos cetônicos ou colesterol. Quando o acetil-CoA é lançado na corrente sanguínea, pode ser oxidado em outros tecidos participando do Ciclo de Krebs.
É necessário citar a energia produzida diante todas esses processos e oxidações, que consomem diversos níveis de energia mas também as produzem: Forma-se 1 NADH citosólico (pela ADH) 1 NADH mitocondrial, 1 Acetil-CoA. A formação de ATP varia de acordo com a quantidade ingerida.

Efeitos



  • Efeitos imediatos: Em pequenas quantidades, o álcool tem efeito sedativo, levando a sentimentos de calor, conforto e relaxamento. Em quantidades maiores, o álcool pode levar o indivíduo a se sentir mais sociável, auto-confiante e desinibido. Algumas pessoas deixam de beber quando alcançam um humor positivo, no entanto, se um indivíduo continua a beber além deste ponto, os efeitos do álcool como droga depressora se torna mais evidente e aparecem sinais como sonolência, alterações na coordenação motora, irritabilidade, disforia. Beber em excesso afeta as funções vitais de uma pessoa e pode ser fatal a mistura de álcool com outras drogas.
  • Efeitos a longo prazo: Em parte, os efeitos adversos do álcool a longo prazo podem ser atribuídos ao fator tolerância. Quanto mais uma pessoa consome álcool, mais álcool e necessário para alcançar o efeito desejado.
O álcool afeta todos os órgãos e sistemas do corpo humano, seja direta ou indiretamente. O uso de álcool a longo prazo pode causar danos cerebrais permanentes com sintomas de demência, desmaio, alucinações e danos às partes periféricas do sistema nervoso.
A morte confirmada a partir do uso de álcool a longo prazo e freqüentemente associada com doença hepática.
No Brasil, dados estatísticos demonstram que o álcool é responsável por 47% dos acidentes de trânsito (principal causa de morte entre jovens), por 41% dos homicídios, por um número expressivo de assassinatos, brigas e suicídio (COTRIM, 2002). Outros apontamentos estatísticos indicam que aproximadamente 84% dos brasileiros fazem uso ocasional de bebida alcoólica; 21% a consomem diariamente e 19% têm uma embriaguês alcoólica semanal (VAISSMAN, 2004).
O abuso de substâncias psicoativas legais e ilegais é reconhecido mundialmente como um problema real que afeta negativamente a humanidade como um todo, por seus impactos sobre a economia, o desempenho profissional e acadêmico, o estado de saúde, a vida social e familiar do consumidor individual (TOVAR, 2010).

Morte de estudante da Unesp após coma alcoólico mostra cultura de consumo abusivo de álcool e falta de conhecimento


Na tarde de sábado (28/02/2015), universitários do interior de São Paulo se reuniram para uma festa tradicional de repúblicas de Bauru. A comemoração, com bebida à vontade (open bar), aconteceu em uma chácara e era patrocinada por uma marca de cerveja. Durante um dos jogos de beber anunciado pela organização da festa, o estudante Humberto Fonseca, de 23 anos, tomou cerca de 25 doses de vodca em uma competição de quem bebia mais. Ele e outros seis estudantes foram parar no hospital. Fonseca não resistiu ao coma alcoólico e três alunos ficaram internados. 
A tragédia alerta para a necessidade de combate à cultura de uso abusivo de álcool entre universitários.

Considerações Finais



O uso excessivo de bebidas alcoólicas é uma preocupação mundial; a influência deste hábito na vida coletiva e individual acarreta problemas que interferem sobremaneira nas questões sociais.
E é isso, até a próxima postagens...

Referências


BARROSO, Teresa. Álcool e comportamentos de risco em jovens estudantes. In Actas do 5º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde., Lisboa : Fundação Calouste Gulbenkian. 2004.

BREDA, J. Bebidas alcoólicas em jovens escolares: um estudo sobre consumos, conhecimentos e atitudes. Boletim do Centro Regional de Alcoologia Coimbra. 2000. v.4, p. 6-8.

CABRAL, Lídia do Rosário; FARATE, Carlos Manoel da Cruz; DUARTE, João Carvalho. Representações sociais sobre o álcool em estudantes do ensino superior, Revista Referência, n,4, v.2. Jun. 2007.

COTRIM, B.C Drogas: mitos e verdades. 7 ed. São Paulo: Ática, 2002.

FONSECA, A.G. Drogas: não caia nessa! 6 ed. São Paulo: Aparecida, 2002.

HALGIN, Richard P. KRAUSS, Whitbourne Susan. Psicología De La Anormalidad. Perspectiva Clínica Sobre Desordenes Psicológicos. 4ª ed. McGraw Hill Interamericana, 491p. 2001.

PÉREZ MA, PIZÓN Pérez H. Alcohol, tobacco, and other psychoactive drug use among high school students in Bogotá, Colombia. J Sch Health 2000; v.70, p. 377-80, 2000.

STAMM, Mariestela; BRESSAN, Liamari. Consumo de álcool entre estudantes do curso de enfermagem de um município do oeste catarinense. Revista Ciência Cuidado e Saúde, v.6, n.3, p. 319-324, Jul/set. 2007.

TOVAR, Luísa Leonor Arévalo; CABALLERO, Antonio José Diaz; MARTINEZ, Farith Damián González; PALLARES, Miguel Angel Simancas. Consumo de bebidas alcohólicas y factores relacionados en estudiantes de odontologia. Rev Clín Med Fam, v.3, n.2, p. 93- 98, 2010.

VAISSMAN, M. Alcoolismo no trabalho. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2004.

4 comentários:

  1. Parabéns pela postagem!!! então, como foi falado, o consumo de álcool produz muitos efeitos no organismo. Algo bastante comum é a conhecida ressaca... Vários sintomas da ressaca podem ser explicados pelos efeitos diretos do álcool sobre diferentes sistemas fisiológicos.
    O álcool aumenta as concentrações de algumas citocinas pró-inflamatórias, que seriam potenciais responsáveis pelos efeitos mais “cognitivos” da ressaca, como perda de memória e alterações de humor. A diminuição da memória na ressaca estaria relacionada à ativação do sistema imunológico, que se comunica diferencialmente com o sistema nervoso central (SNC). Os efeitos causados por citocinas são muito semelhantes a diversos sintomas da ressaca, como dor de cabeça, náusea, diarréia e cansaço, sugerindo que os processos subjacentes poderiam ser os mesmos. Outros estudos verificaram uma relação entre os níveis de citocinas e transtornos da memória em seres humanos. A hipoglicemia induzida pelo álcool pode afetar o funcionamento cerebral, levando a estados de fraqueza, cansaço e mudanças de humor, conforme observados durante a ressaca. No entanto, é preciso lembrar que a hipoglicemia induzida pelo álcool varia de acordo com o metabolismo de cada pessoa e também da ocasião em que o álcool é consumido (se o indivíduo se alimenta antes ou durante o consumo de álcool, a indução de hipoglicemia é muito menor). O consumo de álcool também pode provocar alterações do sono, por interferir na atividade do cérebro e nos níveis de hormônios que regulam o sono e o “relógio biológico”. Alguns dos sintomas da ressaca são significativamente relacionados à duração e qualidade do sono, e não exatamente à quantidade de álcool consumido. Alguns autores observaram que, logo após a ingestão de altas doses de álcool, há diminuição da latência do início do sono. No entanto, com a diminuição de álcool no sangue, período em que os sintomas da ressaca surgem, ocorrem alterações no padrão de sono e perda na qualidade do sono. Dessa maneira, os efeitos do álcool no sono poderiam explicar o cansaço e disfunção cognitiva observados durante a ressaca.
    É isso galera! até a próxima :)

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  2. Ótima postagem, pessoal! Gostaria de complementar só falando que o etanol é molécula orgânica simples, composta de um único grupo hidroxila e uma cadeia alifática curta, de dois carbonos. Além disso, como vocês falaram, no fígado a oxidação alcoólica ocorre a partir da ação da enzima álcooldesidrogenase, que converte o etanol em acetaldeído, que por sua vez é oxidado pela enzima desidrogenase-aldeídica, em acetato. E parte desse acetato pode difundir para o sangue, produzindo acidose metabólica, ou ainda ser ativado no citoplasma da célula, em associação à Co-A, podendo então ser metabolizado a dióxido de carbono e água.

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    1. REFERÊNCIA:
      Dias, Ariadine Pires. Estado nutricional de indivíduos alcoolistas crônicos na internação e na alta médica, em um hospital psiquiátrico, Araçatuba, SP. / Ariadine Pires Dias. – Araraquara, 2007

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  3. Grupo D:

    Gostei muito da postagem, espero conseguir acrescentar mais conhecimento.
    O metanol, também chamado de álcool metílico e hidrato de metilo, é um álcool de cadeia curtíssima, com sua fórmula química (CH3OH), encontrado na forma liquida. È um biocombustível altamente inflamável, e sua obtenção mais comum são através dos gases de síntese (gás natural) como os gases de origem fóssil, e também pela destilação destrutiva da madeira e no processamento da cana-de-açúcar.
    Por ser um composto de alta solubilidade em água e ter uma grande afinidade por lipídeos, o metanol é facilmente absorvido pelo organismo e acumula-se em tecidos ricos nestes componentes como sangue, músculos e olhos. O metanol em si tem uma toxicidade baixa, mas os produtos aldeído fórmico e o ácido fórmico, produzido na reação catalisada pela enzima álcool-desidrogenase hepática, são extremante tóxicos.

    Referências:
    http://www.gpcquimica.com.br/portal/metanol.html

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